sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Belo

Ser pensante suspeito de ler meus pensamentos embriagantes
Ser pensante que subtrai a cada dia meus sentimentos perdidos
Me divulgando e adicionando incertezas ,vontades e lealdade a suas certezas
Ser que inerte observa,admira e escreve teus versos delirantes exclusivos para sua vida desolada
Mil incertezas no olhar, que acredito parar de aumenta-las e assim ficar.

O Amor no Chão


O vento da outra noite derrubou o amor 
Que, no mais misterioso recanto do parque, 
Nos sorria, ao esticar malignamente o arco, 
E cujo ar nos fez meditar com fervor! 

O vento da outra noite derrubou-o! O mármore 
com o sopro da manhã, disperso, gira. É triste 
Olhar o pedestal, onde o nome do artista 
Se lê com muito esforço à sombra de uma árvore, 

É triste ver em pé, sozinho, o pedestal! 
Melancólicos vêm e vão pensamentos 
No meu sonho, onde o mais profundo sofrimento 
Evoca um solitário futuro fatal. 

É triste! — E mesmo tu, não é? ficas tocada 
Plo cenário dolente, embora te divirtas 
Com a borboleta rubra e de oiro, que se agita 
Sobre a alameda, além, de destroços juncada. 
 








Cinema Americano



Tão homem tão bruto tão coca-cola nego tão rock n'roll
Tão bomba atômica tão amedrontado tão burro tão desesperado
Tão jeans tão centro tão cabeceira tão Deus
Tão raiva tão guerra tanto comando e adeus
Tão indústria tão nosso tão falso tão Papai Noel
Tão Oscar tão triste tão chato tão homem Nobel
Tão hot dog tão câncer social tão narciso
Tão quadrado tão fundamental
Tão bom tão lindo tão livre tão Nova York
Tão grana tão macho tão western tão Ibope
Racistas paternalistas acionistas
Prefiro os nossos sambistas
A ponte de safena Hollywood e o sucesso
O cinema a Casa Branca a frigideira e o sucesso
A Barra da Tijuca Hollywood e o sucesso
Prefiro os nossos sambistas
Prefiro o poeta pálido anti-homem que ri e que chora
Que lê Rimbaud, Verlaine, que é frágil e que te adora
Que entende o triunfo da poesia sobre o futebol
Mas que joga sua pelada todo domingo debaixo do sol
Prefere ao invés de Slayer ouvir Caetano ouvir Mano Chao
Não que Slayer não seja legal e visceral
A expressão do desespero do macho americano é normal
Esse medo da face fêmea dita por Cristo é natural
É preciso mais que um soco pra se fazer um som um homem um filme
É preciso seu amor seu feminino seu suíngue
Pra ser bom de cama é preciso muito mais do que um pau grande
É preciso ser macho ser fêmea ser elegante
Prefiro os nossos sambistas ( Rodrigo Bittencourt )

A solidão de você em mim

A solidão de você e mim inapropriada para o meu ego inconformada com os nossos tempos nada improvisada ela foi pensada existia há tempo...