sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O Amor no Chão


O vento da outra noite derrubou o amor 
Que, no mais misterioso recanto do parque, 
Nos sorria, ao esticar malignamente o arco, 
E cujo ar nos fez meditar com fervor! 

O vento da outra noite derrubou-o! O mármore 
com o sopro da manhã, disperso, gira. É triste 
Olhar o pedestal, onde o nome do artista 
Se lê com muito esforço à sombra de uma árvore, 

É triste ver em pé, sozinho, o pedestal! 
Melancólicos vêm e vão pensamentos 
No meu sonho, onde o mais profundo sofrimento 
Evoca um solitário futuro fatal. 

É triste! — E mesmo tu, não é? ficas tocada 
Plo cenário dolente, embora te divirtas 
Com a borboleta rubra e de oiro, que se agita 
Sobre a alameda, além, de destroços juncada. 
 








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