segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vendo



 Vão da janela 
Jogo suas roupas
Toda vez 
Nele fica  agarrado
Com um bocado de moças
A brecha não fecha 
Me afasta
Sedenta 
Sentada
Calada
 Me agrada o olhar
Em vão

terça-feira, 14 de maio de 2013

A carta

Belo Horizonte , 14 de maio de 2013

Boa noite ,

Talhando lembranças lembrei-me de quando nos conhecemos ,você era tão pequeno que eu mal te enxergava .Me rondava noite e dia querendo tal aproximação .Eu me fingia de louca , me fazia de pouca para você nunca me encontrar .Me falavam tanto de você e só desdém era o que me cabia.Quando realmente me vi em você foi logo   quando  achava que você caminhava em outra estrada .Foi um abraço só!

Hoje tão intima não te largo por nada, não me solto do fundo ,nada me vence além de você.E eu te venero pois é oque preenche meu peito,é oque da alerta aos meus defeitos é oque da vida a minha dor.

Sempre que te vejo esqueço do desejo de ser oque fui ou oque quis ser.Esqueço do cheiro das flores que embalavam minha incrível sorte. Hoje te alimento ,te sustento não te solto .É a uma conquista, daquelas que não se desapega por convicção de seguranças e certezas .

Querido, no meu pranto te tenho tanto que só por encanto te deixo no canto.Vou me doendo até ser o manto vazio que sempre me propõe . Sem mais delongas volte sempre ou volte logo.Te espero sempre perdida na porta, com um pedaço de morta que sempre me arranco para te alimentar.



Com carinho.



Destinatário : Meu  medo






"Medo de ser,medo de crer, sigo na linha e ando sozinha
Medo do gosto,medo do outro,das mãos ,do chão de janeiro
Medo da vida que vigia
A gente se distraí em horas de segredos e covardia
Ele me consola ,eu consolo ele"

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Condicionais




Tão gentis , sonhadores e exclusivos em minha vida. Me dão doces , músicas, cactos e prosas.Me cativam , aliciam ,envolvem e me fazem envaidecer. Prontamente eu lhes aviso com olhar entristecido, com sorriso embutido que sou dos lares chamados de bares , grama , noite e brisa.Sou de uma vida que espera na saída algum espetáculo terminar. Viso paços na varanda, enquanto como aguardente me derramo sobre bocas insaciáveis, inquestionáveis , irredutíveis. Todos tão exigentes que quando não me refaço emanam um ódio incerto . As vezes voltam, as vezes fogem as vezes eu volto. É impossível saber , pela suas características tão próximas qual é a verdadeira história que virei em cada um, quais influências tive em suas vidas , para que mundo foram . Fácil é saber para onde me mandaram, fácil é minha própria estranha companhia  , fácil é não ter obrigação de paixão . Difícil é ser o amor!

A solidão de você em mim

A solidão de você e mim inapropriada para o meu ego inconformada com os nossos tempos nada improvisada ela foi pensada existia há tempo...