quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Insista no vento

Não deixe de me afogar,
Pintar meus sonhos
De me olhar pelo reflexo da lua
De me manter em silêncio rente outras faces
De me querer em vaidade
Não me mostre o que me contradiz ,o que deixei
Não me tenha, nem me surpreenda
Não me falhe, nem  passe por aqui
Nao me faça abster do cheiro
Não se mova,
Se vá, e me exista .

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Nota

Do instante em cada um, do pensante universal
Do sólido efêmero ,do dom de ser durável
Do comodismo de ter , sim flexível

Ele não foi, em pequenos passos inconstantes
Do dom de ser o bem , oposto do meu comodo não ser
Pensa sentindo ,sente negando e deixa em passos incompletos

Financiando um cordão de futura razão
Franzi testa a entender, a intolerar
Simula perdão

Falha em razão, aos olhos de quem não avalia
Inundado pelo silêncio
Se compõe

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Conjunções do enterro quase sem rima

Conforme o medo  volta
E consome  devagar sem pressa
Logo sempre faz salivar
A fim de  bons caminhos  traçar
Entretanto  não sei tais traços solidificar
A medida do  medo , não pergunto
Por que não sei, talvez foi ,se eu soubesse ...
Contudo eu sei, sempre sei, sem razão nem oração eu sei
Conforme Mar e Mel a me escutar , observando um tumulo em paraíso
Mas o  mato já está alto, sem  ressuscitação
Ora se escutava meu calcanhar dando força à uma disritmia fudida,ora meditava
Apesar do aço aparente , a medida que derreto  em calor  do futuro embalsamado ,em cinza  o carrego em um post-rock vazio.




domingo, 11 de agosto de 2013

Couro


E do cheiro abstenho serenidade

Isto é ,perco em aroma
 Largo, farto, emadeirado
Contraem 
Isto é ,rói 
Me peca em delírio 
Assusta 
              o ego.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Fonte

Negando eloquência
Envaidece entre corpos e pechinchas
Entre mortos , pseudos amores
De fossa em fossa  ,afogando
De berro em berro, matando

E do futuro se nota
Em fracasso arrependido
Encarcerado
Por aí perdido

Desilude em velhos motes ,quando oscilam
Te perco em olhar
De longe me sinto, te sinto
Análogos


Enfim, sós .

Filhos do carma

Intransitável
Uma mente intransitável
Um oposto irredutível
Nada se faz consumível
O desprazer ecoa
O cansaço respira 
Eu , acaso de dentro esvai
Com inflames já frios ,em cinzas escolho de perto
Quão vulgar é esse inverso
Quantas horas ainda são?
Quantos males em metros calados?
Um mundo em karma 
Foço de almas mortas
Um dia subtrai
Não volto
Busco o sono dos que indo foram
Talvez acharam 
Dormiram em paz

terça-feira, 23 de julho de 2013

Lua em N





Alguns 2 ou 3 cigarros ,apagados em outros quases finais. Era fim de uma manhã ,frio domingo quando não mais o inalava  -típico parar de fumar para sempre mais uma vez após um profunda  tosse- .  Hoje me afronta escondendo o maço, me seduz soprando pólvoras .Abstinente ,eu só  acendo e te trago entre os dedos, incorporada entre ermos .

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Comodia do dia

A vida a cada três meses
Tudo em si se  renova
Células ciclo  dos signos
Encantos ,mentiras estada

Tragando seu ar de porém
Eu bato na vida sem graça
Um medo , um laço um alguém
Me põe as vezes calada

Eu desço sentada no chão
Ouço  traduzindo a ferida
Aquele pedaço de amor
Só fez de você poesia

Um olho sincero de cinza
Me fez crer por  comodia
Que nada sei mais que alguém
Que com amor respira seus dias

Eu peco em  frases distantes
Que eram talvez minha vida
Hoje acordo sedenta
Com voz de quem nada sabia


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vendo



 Vão da janela 
Jogo suas roupas
Toda vez 
Nele fica  agarrado
Com um bocado de moças
A brecha não fecha 
Me afasta
Sedenta 
Sentada
Calada
 Me agrada o olhar
Em vão

terça-feira, 14 de maio de 2013

A carta

Belo Horizonte , 14 de maio de 2013

Boa noite ,

Talhando lembranças lembrei-me de quando nos conhecemos ,você era tão pequeno que eu mal te enxergava .Me rondava noite e dia querendo tal aproximação .Eu me fingia de louca , me fazia de pouca para você nunca me encontrar .Me falavam tanto de você e só desdém era o que me cabia.Quando realmente me vi em você foi logo   quando  achava que você caminhava em outra estrada .Foi um abraço só!

Hoje tão intima não te largo por nada, não me solto do fundo ,nada me vence além de você.E eu te venero pois é oque preenche meu peito,é oque da alerta aos meus defeitos é oque da vida a minha dor.

Sempre que te vejo esqueço do desejo de ser oque fui ou oque quis ser.Esqueço do cheiro das flores que embalavam minha incrível sorte. Hoje te alimento ,te sustento não te solto .É a uma conquista, daquelas que não se desapega por convicção de seguranças e certezas .

Querido, no meu pranto te tenho tanto que só por encanto te deixo no canto.Vou me doendo até ser o manto vazio que sempre me propõe . Sem mais delongas volte sempre ou volte logo.Te espero sempre perdida na porta, com um pedaço de morta que sempre me arranco para te alimentar.



Com carinho.



Destinatário : Meu  medo






"Medo de ser,medo de crer, sigo na linha e ando sozinha
Medo do gosto,medo do outro,das mãos ,do chão de janeiro
Medo da vida que vigia
A gente se distraí em horas de segredos e covardia
Ele me consola ,eu consolo ele"

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Condicionais




Tão gentis , sonhadores e exclusivos em minha vida. Me dão doces , músicas, cactos e prosas.Me cativam , aliciam ,envolvem e me fazem envaidecer. Prontamente eu lhes aviso com olhar entristecido, com sorriso embutido que sou dos lares chamados de bares , grama , noite e brisa.Sou de uma vida que espera na saída algum espetáculo terminar. Viso paços na varanda, enquanto como aguardente me derramo sobre bocas insaciáveis, inquestionáveis , irredutíveis. Todos tão exigentes que quando não me refaço emanam um ódio incerto . As vezes voltam, as vezes fogem as vezes eu volto. É impossível saber , pela suas características tão próximas qual é a verdadeira história que virei em cada um, quais influências tive em suas vidas , para que mundo foram . Fácil é saber para onde me mandaram, fácil é minha própria estranha companhia  , fácil é não ter obrigação de paixão . Difícil é ser o amor!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Riding with the wind


"Well, she's walking through the clouds
With a circus mind
That's running round.
Butterflies and zebras and moonbeams
And fairy tales "

domingo, 31 de março de 2013

Road




Quando se faz parte do ceticismo de quem  tanto crê na falta de valores ,o intimismo , a certeza e a ternura declina . É um desdem, um encontro  de favores e indiferença. O vício do constrangimento abstinente de um som, de uma voz ,de qualquer mansidão ... qualquer  coisa . Fora a vida, as lutas os erros e agora sua clausura  , eu mesmo me enterro. Enterro para a utopia,para a minha sina , me enterro para tentar voltar a crer ou começar a ser, já que não sei o que eu era antes  daquele ontem . Mais vale os atos ou os tratos que dispus anti eu mesma . Vira retrato, ensaio ,vira de costas e nessa contínua esvai .Apesar do frágil cansaço ,descarto o acaso .

segunda-feira, 11 de março de 2013

Em dia





Então eu finjo e acredito no que invento
Nada foi assim,não desse jeito
Ninguém sofre, nem sofreu
Isso é só você que agoniza e energiza  provocando essa saudade cega e vazia

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Sopro de inexatidão



Esse mundo que promete  voltas e que encora no meu calcanhar
Que embolsa minha vida e leva pra longe de quem me diz não estar
Foge do medo e de todo meu contexto de paz em mim chegar
São tantas coisas tão vindas de dentro das linhas do meu sincero encenar
Eu ando e creio, vontade de morar num breve sopro de solidão irá me acalmar
Com vontade serena que me leva até as mesmas buscas que meu conforto quer me mostrar
Bom , e eu já disse tanto que meu amor não é mais pranto  ,um sorriso no canto  quero te iluminar
Eu espero sentada , mais ou menos calada , falo baixo para não atrapalhar
É um tanto , é meu encanto que achei em mim ,e dele vou cuidar
E em sua doçura, que me esconde e me cura faco a vida devagarinho te chamar
Voltei , e o mundo eu quase não  sei rodar
Sem blasfêmia ou covardia , minha escondida alegria quer te ver de longe amar

A solidão de você em mim

A solidão de você e mim inapropriada para o meu ego inconformada com os nossos tempos nada improvisada ela foi pensada existia há tempo...