domingo, 21 de março de 2010

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Da paixão cansei-me (pode acolher tanta morte um corpo, esse mesmo que brilha à luz do desejo, esse mesmo que guarda a promessa da alegria).
A verdade gastou-se (isto é o mais fácil de compreender: a verdade gasta-se, quando chegamos ao lugar de a encontrar, sabemos por fim que não existe).
Sobrou o que sou e o que não sou também, pelo meio a linha de uma estreita solidão,
e é isto que te dou (isto o que te posso dar).
Só aqui, só agora, este sorriso de estar vivo, e por vezes o cansaço,
tantas vezes o cansaço (que embora não pareça, faz parte do sorriso).
E agora já me entendes? E agora ainda me queres?

- Jorge Roquein Telhados de Vidro nº13, Averno

sexta-feira, 19 de março de 2010








Eu lambo você, e eu gosto que você goste que eu te lamba
Mas eu não preciso que você
Não preciso que você goste que eu te lamba
Se o seu prazer se tornasse dor
Eu ainda te lamberia pelo meu próprio prazer
Eu quero você, e eu quero que você queira que eu te queira
Mas eu não preciso de você
Não preciso que você precise que eu te precise
Isso é só eu
Então, me leve ou me deixe
Mas, por favor, não precise de mim
Não precise que eu precise que você me precise
Porque nós estamos aqui em um minuto, no outro estamos mortos
Então, me ame e me deixe
Mas tente não precisar de mim
Já foi dito o bastante
Eu quero você, mas eu não preciso de você









(I Want You But I Don't Need You
Dresden Dolls)
Apenas uma música legal .

domingo, 7 de março de 2010

...

O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi.


(CAZUZA)

A solidão de você em mim

A solidão de você e mim inapropriada para o meu ego inconformada com os nossos tempos nada improvisada ela foi pensada existia há tempo...